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- Arte da Composição Musical: Método infalível - Capítulo 2
Se lestes o que havia no capítulo anterior, sigamos para este novo, em que desbroraremos mais um pouco do método infalível da composição que é "compor e decompor". Peguemos uma música de um gênio, como Villa-Lobos, e a sua Bachiana Número 7, como se poderá decompor essa música? Perceba os instrumentos que tocam nela, os sons metálicos retinantes, as cordas vibrantes no agudo ligeiras, os graves metais das turbas. Vê que cada instrumento ou classe de instrumentos possui uma melodia corrente. E que elas imitam um movimento que possui analogia com os próprios nomes dos desafios. Sua missão é procurar prestar atenção no máximo de instrumentos possíveis e decorá-los, ou melhor, compreendê-los, o que eles fazem ali naquela harmonia, e perceberá que nada é gratuito ou fortuito. Nada na música é fátuo som. Tudo se encaixa como obra da inteligência. Compor e decompor é o mesmo movimento. Compreendendo como se foi feita uma composição, ou idealizá-la na imaginação, já é realizar a própria composição. Boa parte do caminho para a composição musical já estará feito!
- Arte da Composição Musical: O Método infalível - Capítulo 1
Este artigo de texto é tão importante para a exposição de nossa metodologia da arte sonora, que ela será cara, para que somente aqueles realmente interessados nela, com espírito de magnanimidade e ambição de serem músicos, de fato, e não meros imitadores, poderão adquirir, pois de fato, pagaste caro para tê-lo aqui contigo. Sem delongas, este método já foi mencionado noutras passagens, seja em artigos, seja no livro Os Sete Passos para a Composição Orgânica, agora, neste artigo escrito, já não faço simples menção, mas exposição do método, guiando o leitor passo a passo para que ele compreenda e possa repetir consigo o mesmo método. O método compor-decompor é um exercício que poucos conseguem entender, porque tendem a ver a música como uma unidade, e de fato, uma unidade é o que ela se pretende ser, é o que o compositor proclama quando anuncia uma composição, mas de fato, se destrincharmos muitas músicas por aí, veremos que elas são apenas fragmentos de músicas já existentes, somadas e tornadas diferentes apenas pela mudança de instrumentos, de volume das notas, gravidade ou velocidade destas, tudo isto afeta, logicamente, a música, mas se de fato se transforma noutra música, já são outros quinhentos. Assim como vemos uma casa como um objeto único, um corpo único, bem formado e quase inseparável, senão por cômodos e outros compartimentos que estamos habituados a lembrar, quando pensamos em casa, citemos: quarto, sala, sala de estar, cozinha, banheiro, garagem, varanda, área de limpeza, etc. Tudo isso está presente numa casa, mas tudo isso é posterior à construção da casa, pois a casa não foi construída de cômodos que se juntaram e formaram-na, a construção da casa em partes fez com que a soma destas, aos poucos, fosse compondo uma casa harmônica, de cômodos harmônicos, uma única construção. Não é assim? Isto significa que a construção da casa é anterior aos cômodos que compõem uma casa. Dizendo isso, lembremos, pois, o seguinte: a música é a mesma coisa de uma casa; sua composição é semelhante ao de uma casa. A casa não é feita de cômodos, os cômodos são partes da casa que já foi construída, mas a casa é feita de tijolos, de reboco, de massa corrida, de tinta, de telhas, de cinta metálica, de janelas de vidro, de portas de madeira. Tudo isto e muito mais compõe uma casa. Mas se juntarmos todos esses elementos, que são básicos, eles por si só farão uma casa? Certamente não, pois é preciso mão de obra para tal, é preciso também água, é preciso um monte de coisa que não está e nem ficará presente na casa depois de pronta. Do mesmo modo é a música, sua forma aparente esconde muito trabalho que ajudou na sua composição, mas que não está presente lá, perceptível aos sentidos, mas é a alma da obra. A alma da música não se vê, mas nas boas músicas se pode senti-la, sem conseguir, porém, verbalizá-la, e se o fizer, será apenas um ponto de observação transmutado em símbolo verbal. A música é feita de vários cômodos, as letras, os acordes, o tempo, a durabilidade, a velocidade, tudo isto são apenas a forma material exterior, juntando tudo isto não fazemos música, apenas intuímos alguns de seus materiais mais básicos, indispensáveis para tal. Esses cômodos são a separação que fazemos de uma música, como introdução, giro, transição, primeira parte, segunda parte, refrão, solo, finalização, derradeiro (found out), etc. Se fizermos esta simplificação, parecerá que toda música é e deve ser assim, com estas estruturas para ajudar crianças a lerem o abcd. Mas e se fôssemos escutar as Bachianas de Villa-Lobos, as Sinfonias de Beethoven, as Missas de Mozart, e demais obras dos grandes compositores eruditos? Porque escutar fragmentariamente, ou ver a obra deles como pequena coleção de músicas é errar grosseiramente. Se tomarmos a Bachiana Número 7 de Heitor Villa-Lobos sozinha, teremos não uma música com início, meio e fim, aos padrões atuais, teremos uma Epopeia dividida em 4 Cantos vastos como livros, de tantos elementos musicais que jazem ali eternamente. É impossível separar a música de Villa-Lobos e de outros grandes em pequenas coleções simbólicas ao nível de "Moro Num País tropical" ou "Ai Se Eu Te Pego". Por isso, não podemos nos limitar em uma simplificação das coisas, achar que fazer música é criar uma intro, uma estrofe, um giro ou transição e um refrão, ou solo de sanfono ou guitarra. É necessário ir além, e voltar às origens, música é a criação memorável de uma experiência musical, que é também inteligível e espiritual a seu modo. A música é a arte das musas, e as musas são seres celestiais. Nossa música deverá conter: notas agudas e graves, variação de instrumentos, cada instrumento com sua melodia e ritmo; deverá conter vários acordes, alguns deles baixos, outros elevados, uns animados, outros tranquilos, uns instigantes, outros calmantes, uns transitando para uma zona contemplativa, outros retornando ao trabalho árduo. Uma única música deve conter tudo isto, e ser tudo isto. Uma música deve ser um livro cantado em letras impronunciáveis, e por isso mesmo, mais que inteligíveis, inteligentes, obras do gênio e não de uma máquina. Música não é matemática, a matemática é o instrumento teórico que se deve utilizar para compor, ou para se perceber padrões harmônicos da melodia, tal como para compor uma casa, deve-se saber a proporção dos materiais usados, para que a própria casa consiga manter-se de pé, do contrário, ela ruirá e não servirá para ser morada. Uma música em que se mora é uma música em que se contempla de ouvi-la, e portanto, não cansa, assim como não cansamos, ou não deveríamos nos cansar de morar em nossa própria casa. Se a música enjoa, ela é como parada de ônibus lotado, só se entra por necessidade, a fim de chegar em casa ou ao trabalho, ou a outro dever igualmente grave, nunca para estarmos dentro do ônibus como sardinhas enlatadas e expremidas pelo tédio. Assim também é a música ruim, nosso ouvido é obrigado a ouvi-la quando ela toca por perto, mas nosso desejo é logo encontrar uma em que repouse o espírito, ou nos ajude a trabalhar melhor o espírito.
- Por que compor? Para nos expressarmos a nós mesmos
Quando falamos em composição, não é só musical que ela se refere, se trata de todo o processo criativo das coisas que o homem é capaz de fazer pelo simples fato de ser homem. Como se diz, o homem é a imagem e semelhança de Deus, então mesmo quando foge do real de seu ser, está sempre criando e recriando o seu mundo interior. Na composição musical se dá o mesmo que em outras composições, já fazemos isso naturalmente dentro de nós. Quando nos lembramos de uma música e buscamos a próxima nota que não vemos, mas sabemos que deve estar lá, após aquela lembrada e cantada no seu ouvido musical ou na sua mente, passando por aquela expectativa vindoura da própria música, então você já está compondo, mas ainda não está criando. Compor, envolverá desenvolver a habilidade de intuir qual nota virá depois daquela, daquela obscura nota que acaba de ser criada. Mas por que realizar esta busca? Por que irmos atrás da próxima nota e realizarmos uma composição? Não é por arbitrariedades que um músico verdadeiro o faz, mas para se expressar, pois se expressando, por meio desta arte, ele não só se descobre, como descobre o mundo, e ao mesmo tempo, com sua arte, ele se recria, e recria o mundo, ele a torna um pouco mais a ele mesmo, e ele, por sua vez, sente-se fazer parte melhor neste mundo. A cada música, o músico se sente numa descoberta e aventura, o seu mundo interior se expande, e ele vive. A sociedade atual tão voltada para o frenesi não tem tempo de voltar-se para si mesma, a sociedade atual se dispersa em mil coisas, ela se decompõe, no sentido amplo da palavra, mas é papel do artista juntar os pedaços criativamente, recriando o mundo, conectando corações e pessoas, ajudando a expressar o íntimo inexpresso de corações turbilhados pelo mundo. Sempre houve e sempre haverá corações e mentes destroçados, decompostos pelo mundo, por mil e um problemas que a cada um conta-se diferentes modos: preocupações, medos, angústias, esperanças, desesperos, fé, incredulidade, busca de uma conquista, a perda desta conquista, o luto, o nascimento, o sorriso da criança, o chora desta; são mil e uma novidades que se repetem debaixo do mundo, para o mundo tudo isto é indiferente, para cada alma em particular, são as coisas mais importantes, para o músico, é a matéria-prima para geração de símbolos. Símbolos são sinais que conectam a inteligência de várias pessoas para um mesmo objeto, o símbolo atrai a inteligência das pessoas e permitem que todas elas vejam e ouçam o mesmo, à medida que podem participar dele, tomando parte com ele, isto é, tomando posse conscientemente. A música tem este poder, e o verdadeiro artista procura e sabe fazer isto. Por isso, se pode compor música para conectar almas e mentes, em torno de um mesmo símbolo, para um mesmo objeto contemplativo, meditativo, conscientizável, e assim, aumentar a voz do que é dito e ouvido no mundo. Ao aumentarmos nossa expresssividade, na música e noutras artes, aumentamos o que o homem pode dizer para si mesmos, e assim o libertamos da escravidão do indizível, que é a sua condição perene, e o que fez e faz a sua linguagem ser uma eterna busca, um eterno aperfeiçoamento, um eterno amadurecimento ou decaimento, sendo a música apenas uma dessas linguagens, mas com o poder de sedução mais imediata, talvez, dentre todas elas, porque consegue penetrar mais rapidamente dentro da consciência de alguém, sem que ele se atenha ou mesmo concorde até que a acolha. A música é assim semelhante ao próprio Espírito que sopra onde quer, quando o Espírito sopra onde quer, não há como impedir e nem ignorar, não antes que ele sopre, diga e sinta em você o que ele quer de você, voltando-se depois para a liberdade, se rejeitará ou acatará ao que o Espírito diz ao homem, ao que a Música Divina diz ao homem. A Música simboliza e representa, sobretudo, o Espírito Divino criador e restaurador, mas também aquele que decompõe para regenerar a própria existência.
- Para fazer música - Lição 3: Desenvolver a Linguagem musical
Música e linguagem são artes primas e irmãs, pois ambas são partícipes dos mesmos elementos, um é o elemento sonoro, o outro é elemento intelectivo, um é o corpo, o outro é o sopro do espírito, o primeiro é matéria tomada em uma forma, o outro é o logos a dar o ser à matéria. Não adiantará se você desenvolver uma musculatura musical, se você não ama a linguagem que provém dela. A música trabalha pelo subjetivismo do criador, a melodia que você extrai numa série de elementos é irrepetível, porque trás dela se atrai o repertório de sua própria vida. Este repertório é a das experiências que adiquiriu, incluindo a musical. Por isso, se você quiser desenvolver a habilidade musical, terá de desenvolver uma linguagem musical. Mas como falei, música e linguagem são irmãs, então aprendendo a linguagem, poderá ajudar você a compor, aprendendendo a compor, só conseguirá quando terá apreendido uma linguagem e convertido-a em sons modulados. Qual palavra virá depois de Eu? Qual depois de Amava? Qual depois de Viagem? Qual depois de Rubricando? Depois de Água? Não posso falar Eu amava a viagem, rubricando a água. Rubricar é uma palavra dissonante aqui, mas posso dizer Rubricando a água, a viagem eu amava Posso dizer Rubri-candoa-guaa-via-gem-eu-a-ma-va. Você pode ver que separei conforme a sonoridade das letras, elas se juntam, algumas pedem para serem mais longas. Qual delas, você diria, ser a mais longa nota pronunciada? Se alongarmos a nota de via- viaaaa... a sensação de viagem aumentará, sentimentos evocarão. Qual a mais curta? Se alongarmos rubri-candoa, quem ouvir não entenderá que se trata da palavra rubricar, dependendo da pronúncia, poderá mesmo nunca descobrir, a menso que tenha a letra, isto ocorre porque rubricar não evoca tanto as emoções, o cérebro demorará para evocar esta palavra e suas ideias. Se pronunciarmos bem, sem demora, rubricando a água, então o ouvinte perceberá que há uma ideia misteriosa mas precisa: de alguém que assina na água, a viagem, significa que uma pessoa amava assinar a água enquanto viajava, ela amava... então, com certeza, ela viaja num barco. Ela amava, esse "amava" em vez de "amei", em português diz tudo, quer dizer um costume de uma época que não existe mais. Tudo isso está implícito numa boa música, e toda aquela cuja forma é amável, mesmo passando anos e anos, é porque conseguiu criar uma forma perfeita, mas ao mesmo tempo inesgotável, assim, se pdoe ouvir e ouvir sem se cansar.
- Para compor música, deves criar o teu órgão musical
Em outras passagens, ó musófilo, amigo das musas, dizia da importância de desenvolver o órgão musical, que é a predisposição, melhor, inclinação de sua inteligência interna para a formulação de músicas. A arte musical demanda prática e continuidade, por isso, no meu primeiro manual sobre o tema, já dizia, desenvolva teu órgão musical, desenvolvendo-o, terás a capacidade da composição orgânica. Os grandes compositores a tinham, e porque eram grandes, a tinham, e a tinham porque eram grandes, quer dizer, buscaram não apenas o gênio, mas aperfeiçoaram-no ao longo de anos. A maioria das pessoas são medíocres, e não estão dispostas a abrirem mão de seu conforto, igualmente medíocre, me refiro àquelas que se contentam em ter juntado por algumas vezes sons e notas, melodia e ritmo de modo um tanto feliz, mas o talento morreu de esgotamento, tão logo fora usado para produzir aquelas musiquinhas. Aquilo não foi composição, foi um aborto. Um livro de saber é menosprezado até que um gênio encontre seu valor, também na arte musical se dá o mesmo, só percebe a genialidade de um modulador, por justiça de outro. Assim parece ser a lei que Deus impusera aos homens, que cada um busque aqueles que dominando a mesma arte que tu, saberás reconhecer teu valor. Mas cuidado com os invejosos e pueris, que são a maioria, estes não quererão sequer aproximar-te deles, e terão teu trabalho por mera comparação, mas não o reconhecerão. O gênio modulador reconhece outro modulador. A maioria se contenta apenas de apreciar do que ouve, sem se ater de como ocorrera aquela arte. Para criar teu órgão musical, deves ouvir música, e decompô-la, rejuntá-la, separar seus instrumentos, seus elementos de melodia, a textura, os tons, as notas, a duração, meditar sobre os efeitos daquela música na sua própria alma. Deves buscar em primeiro lugar as músicas que amas, e deves escolher a dedo quais farão parte do seu repertório. Escolhe tu as melhores músicas que achas, e faça o exercício de compor e decompor, memoriza-as do início ao fim, ama-as, mas usa-te delas para a um longo tempo imitar, a um longo tempo ultrapassar. Deves ter o ideal de beleza primeiro, sem o qual, será estrela errante a andar por caminhos do espaço que não rumam a estrela alguma, mas o nada ou o infinito cósmico. A música é um sequestro de possibilidade, ela mesma é uma viagem, transformada em parada, e enquanto música, ela mesma é um caminho a ser percorrido, e enquanto parada, possui início, meio e fim, ainda que seu fim seja a plenitude do infinito. Se queres saber mais da Arte da Composição Sonora, como desenvolver melhor suas habilidades para a composição musical, adquira o livro que compus sobre a Composição orgânica, não precisa ter conhecimentos prévios de teoria musical: https://clubedeautores.com.br/livro/os-sete-passos-para-a-composicao-organica
- Órgão musical - O que é?
A inteligência humana cria dentro de si vários compartimentos, como departamentos de um governo, e nela, se sobrepuja determinados conhecimentos, que se conectam às outras áreas formando uma rede. Assim, a inteligência musical é um longo processo de educação e formação que vai moldando seu cérebro, criando predisposições que te ajudarão a formar dentro da sua inteligência a capacidade de composição. Não existe esta coisa de composição fortuita, no mais das vezes, ocorre da pessoa ter se embebido tanto da música de uma outra, ou de determinada música, que ao compor, forma dentro dela, como um fluído de impressões sonoras, a formação de uma música própria. Isto, porém, é muito raro, o que ocorre na maior parte das vezes é que a mente esquece que aquela música já existe e a recompõe com leves mudanças de ritmo, tom e remposição de elementos musicas na música, ou seja, o que a pessoa fez foi empobrecer ou enriquecer uma música que já existe, mas ele não percebe, porque sua memória está falha, por ele não ter dominado o suficiente uma música em seu intelecto. São os plágios de equívoco, muito comuns, um sujeito internalizou na memória uma música a um lonog tempo passado, esqueceu-se dela, e depois trouxe de volta com outra roupagem, com outro ritmo e letra, com ausência ou acréscimos de elementos que a original não tinha, e pensa ter composto uma nova música. Por vezes, ocorre da pessoa enriquecer tanto a música que ele de fato recompõe-a totalmente, a refaz de um jeito novo e superior a anterior, na verdade, boa parte da música erudita é um somatório melhorado, ampliado, elevado ao nível superior, tal como a linguagem poética eleva a linguagem humana a um nível superior, assim a música erudita eleva a música popular a um patamar sublime. Mas esses músicos, os grandes músicos, os que transformaram uma música, por vezes, já existente, em uma nova, enriquecida, transfigurada, numa versão erudita, o fizeram porque souberam dos segredos, ou melhor, dominavam a arte da composição musical, que é o que deves fazer. Para aprender a compor música verdadeiramente; deverás adquirir um órgão musical, e este só se consegue mediante a educação dos instintos musicais, dominando-os desde dentro de sua inteligência. A teoria musical muito pode de ajudar, mas não fará isso por ti; a matemática deve criar isto, mas ela sozinha não faz nada. O segredo para aprender a compor é: decompor, recompor, dispor, repor, transpor, sotopor, sub-por. Para saber mais de como adquirir seu órgão musical, escrevi um livro com esta precisa finalidade, trata-se de Os Sete Passos para a Composição Orgânica: Breve Manual de Composição Musical, em que explico as leis que regem a arte da composição musical, seguindo-as, com certeza conseguirás predispor tua inteligência para tal. O link para o livro, na Amazon é: https://www.amazon.com.br/Sete-Passos-Para-Composi%C3%A7%C3%A3o-Org%C3%A2nica/dp/652660093X/ref=sr_1_1?keywords=9786526600931&qid=1684167209&sr=8-1
- Qual é o seu interesse na música?
Uma das coisas mais importantes para se tornar um compositor pujante e de altíssima produtividade é saber qual é o seu interesse na música e na arte da composição, sem ter em mente isto muito claro, o artista será um falso artista, mais dia e menos dia se esgotará e não encontrará o caminho de volta para o "estro", e acreditará que a musa o abandonara e por isso ele está seco como um riacho no deserto. Acontece que ele apenas não buscou verdadeiramente saber o que o faz buscar na música a ssatisfação que deseja. A música segue a índole do compositor, ou seja, segue seu caráter, se é ambicioso e se quer ouro, é isto que a música fará, se é apaixonado pela natureza, é isto que fará, se é amoroso com a aldeia, é isto que fará, se é piedoso, é louvor que comporá. A música está cheia não das musas, mas do compositor, a musa não é outra coisa que não a alma do compositor. Se ele sequer sabe o que é sua alma, como poderá compor bem? Como poderá compor para toda a vida? Busque, portanto, seu interesse na música, e assim como alguém tem objetivos na vida e na profissão, tenha objetivos na composição, isto fará grande diferença para toda a vida. No mais, a composição evolui conforme amadurece o espírito do compositor. Quer saber mais da arte da composição musical? Escrevi um livro em que mostro o passo a passo para compor organicamente sua música, esteja você no interesse que esteja, ela é útil para todos os níveis de interesse e ajudará você a compreender como funciona o processo da composição, para que assim, possa compor sempre que queira, conforme suas próprias ideias. É muito mais simples do que se pensa. Útil para compositores e poetas, para todos os níveis de artistas e até aqueles meros curiosos, porque o processo é o mesmo, permitirá a você ter uma boa direção da arte da composição musical, mesmo sem ter conhecimentos técnicos para tal, o link para o livro está aqui, é só clicar e saber mais: https://clubedeautores.com.br/livro/os-sete-passos-para-a-composicao-organica
- Composição orgânica - Cria teu orgão musical
Ser compositor, um músico, um artista, é ser, antes de tudo, uma pessoa que desenvolveu um órgão interior da criatividade, este órgão é o que permite que ele produza sua arte com afinco e destreza. Diz o ditado que a prática leva a perfeição, isto é verdade, mas sem que haja conhecimento teórico para tal, o homem estará fadado a ser um eterno aprendiz que não sai da pretensão e das intenções. Na arte, isto é pecado grave, todo pretenso a ser artista deve conhecer a própria arte e saber como ela funciona, não existe caminho feito do zero, não existe inovação quando não se tem um repertório histórico e teórico por trás. O caminho do artista é o de criar seu próprio trajeto, mas passando pelo trajeto de outros. Tu que queres ser um artista da composição musical, deves compreender como que alimentas ao teu órgão interior, este órgão é o da inteligência musical dirigida ao longo do tempo, com boa formação técnica e teórica, concomitantes assim, para criar a tua própria forma de criar música, composição, após educar esta tua inteligência para ser algo próprio em plena posse. Após anos de prática, tu levas uma personalidade que dificilmente mudará contigo. O órgão musical se desenvolve, portanto, com absorção de estudos voltados para desenvolver a inteligência musical, como: ouvir música, decompô-las, recompô-las, entender o estilo daquele compositor, perceber que efeito causa aqueles instrumentos, arranjos, notas, acordes, timbres, volume, duração, etc. A música é arte do tempo, isto quer dizer que ela se desenvolve ao longo do tempo, ninguém ver a música andando por aí, não é como a pintura em que tu podes parar e ver, olhar e observar atentamente aos detalhes com a vista contemplativa; na música, tu só consegues contemplá-la ouvindo e ouvindo outra vez, escutando e prestando muita atenção, fazendo um esforço de memorização até que ela inteira se grave como uma pintura dentro da sua mente, e consigas vê-la como que olhando a um só golpe de vista o seu encadeamento, e vais perceber que a música por ser arte do tempo, também os elementos musicais que a compõe são também feitos de tempo trabalhado e dirigido por uma inteligência, a música é assim uma arte que exige cognição, não é feita a esmo, ao acaso, como um sopro instintivo. No meu livro Os Sete Passos para a Composição Orgânica, mostro o caminho que o compositor deve percorrer para desenvolver a habilidade de educar seu próprio órgão musical interior. O link para este livro segue https://clubedeautores.com.br/livro/os-sete-passos-para-a-composicao-organica Ao contrário do que pensas, não é necessário conhecimento técnico, aliás, é até preferível que não tenhas, porque assim, estarás apto para começar de maneira mais firme na arte da composição musical por meio de seu órgão musical desenvolvido. Mas para quem é música, não há de se preocupar, porque também se é indicado o que é necessário para reaprender a fazer música a partir de si mesmo, se atentando para as leis da criatividade musical que regem a mesma.
- Experiência musical vivida
Neste post, falaremos de como sua experiência musical vivida afeta diretamente a sua percepção e concepção musical, o que afetará a forma como você vê a arte musical, a contempla e a retorna para si mesmo, em forma de gosto, e se é músico, para a sua produção. Quando nascemos, nos deparamos com diversos sons, em verdade, desde a barriga da mãe já contemplamos sons silenciosos do corpo da mãe, bem como do coração, e do ruído externo, e dizem que as vozes daqueles que se convive também, especialmente do pai. Ao nascermos, recebemos sons de todas as partes, alguns barulhentes e outros são a própria voz dos familiares, aos poucos vamos crescemos e ouvindo músicas de todos os tipos, geralmente, a que nossos pais costumam ouvir, já aí há a construção do gosto musical que tornará mais ou menos perene ao longo da vida, muito mais quanto inconsciente. Se depois de grandes, ouvimos uma música árabe, por exemplo, achamos estranho aquela música, porque nossos ouvidos não estão acostumados, o mesmo se dá com a música tradicional chinesa. Então, fica claro que a formação do gosto também deve ser uma preocupação dos pais e depois das pessoas em seu desenvolvimento para a formação do gosto. Agora por que alguém quereria modificar seu gosto musical, se ela cresceu ouvindo aquilo? Ela o fará, pelo que ela também incluirá sua própria experiência de vida, seus afazeres, sua personalidade descoberta e desenvolvida, aprimorada de acordo com suas aptidões, mas também pelo convívio pessoal, as amizades com que ela convive. Uma pessoa que em seu meio social se escuta forró, tenderá a gostar, o samba, idem, e do funck, a mesma coisa. Ninguém nasce fanqueiro, nem forrozeiro, se torna por algum motivo, e no mais das vezes é por convívio pessoal, é o sentimento de tribo. Muita gente encontra dificuldade para apreciar música clássica ou erudita, o motivo é que não cresceu ouvindo este tipo de música, então seu ouvido musical está acostumado com outro que cresceu convivendo. Não há pessoa que não gosta de música clássica, há pessoa que não aprendeu a educar o ouvido, e não gosta porque a complexidade da música clássica gera nela a mesma sensação de ouvir música chinesa ou árabe à primeira escuta, é questão de autoeducação. Agora, por que alguém se educaria no seu gosto musical, qual diferença faz em ouvir música clássica ou forró? A diferença é tal como contemplar uma poça d'água e um rio caudaloso. Ninguém em sã consciência diria que olhar para uma poça d'água é muito mais belo do que contemplar um rio caudaloso que flui, cristalino para o horizonte enveredado. Uma poça d'água só pode ser vista por uma ou duas pessoas, que a verão de modos diferentes, uma poderá gostar muito, porque vê nele o próprio rosto, é o narciso, e já o outro, só vê o rosto do outro, assim é a música feita a esmo por qualidades simplórias que ouvimos nas rádios do Brasil e do mundo. Já a música clássica é como um rio, porque embora se escute e escute de novo, sempre é como se fosse a primeira vez, e a cada vez que se ouve, parece levar para outro caminho, para outra curva e horizonte, um novo olhar e ideias. A música clássica é um rio porque possui uma alta concentração de riqueza de elementos sonoros. Enquanto a música pobre como poça d'água é feita de poucos elementos que se repetem, como uma lagoa que se fica pisoteando, e a cada vez que se pisa fica mais e mais lamacenta e perde a graça e a pouca beleza que possui, o rio cristalino não é assim, pela riqueza da música erudita carregada de diversos elementos, exige-se memória de gênio para abarcar tudo o que ela tem a oferecer, o que obriga a maioria a se dedicar a vida inteira a ela e jamais esgotá-la. Seria muito bonito dizer que toda música é bela, e que a música simples com meia dúzia de batidas e acordes que se repetem é igual a Quinta Sinfonia de Beethoven, mas não é a mesma coisa, a primeira é uma tentativa de ejetar uma experiência de sons, a segunda é a compreensão contemplativa da arte musical levada ao extremo. Assim, desfazemos o mito de que gosto é gosto, o gosto se constrói, se edifica, se muda para melhor, quando se compreende que há o superior. O superior é aquilo que possui arquitetura de sons maior, no entanto, a carga deste gosto se inicia com que escutamos desde pequenos, e irremediavelmente temos de lidar com este gosto conscientemente na vida adulta.
- 5 dicas de como fazer música a partir da imitação?
Como fazer música a partir da imitação? Para fazer música de qualquer gênero e tipo, será necessário aprender a compor por imitação. Como fazer a imitação? Quais são os processos que a tornam eficaz? A música, como as demais artes, é arte da imitação, isto não quer dizer que não haja espaço para a criatividade, ao contrário, ela se dará conforme se absorva uma tradição. Você precisará absorver uma tradição musical para superá-la depois. Como se dará a arte da imitação, será por meio do plágio? Por meio de alteração da melodia alheia? A imitação pura e simples pode ser útil no começo para internalizar as formas dentro da mente, quer dizer, ajudar a fazer a sua inteligência captar as formas, e com o tempo, manipular estas formas para criar as próprias, é como jogo de lego em que você monta e desmonta os elementos, formando vários artifícios musicais. Você receberá dicas de como fazer a composição pela imitação. Dica n.º 1 - Decomponha as músicas Se a intenção nossa é compor, então devemos decompor, e decompor é você mapear a música que você ama, listando os instrumentos que há nela, os acordes que ela executa, do início ao fim, ver onde entra um instrumento, o efeito que ele causa, onde ele sai, que contraste ele cria com os demais. Se pegarmos por exemplo a Bachiana Número 3 de Villa-Lobos, veremos que há nela um contraste forte do efeito do piano com outros instrumentos, sobretudo as cordas e com os sopros, fazendo com que haja um efeito de celeridade e transição de movimentos. Imagine que cada instrumento e cada acorde ou movimento que ele faça constitui um elemento de composição. A forma como o compositor esolheu fazer, se em arquejo, sofonado, em zigue-zague, subindo e descendo, notas esparsadas e contínuas, tudo, se há contraste de graves e agudos, metálicos ou de textura rígida, tudo isto deve ser observado. Quais efeitos fazem estes sons nos ouvidos? Não se pode ouvir de forma passiva. Dica n.º 2 - Escolha uma música que ame muito Escolha uma música que ame muito e faça esta decomposição, e depois restitua-a na mente, até que ela esteja memorizada em sua mente, é importante que faça isto mentalmente, e por vezes no papel, mas na mente isto irá fortalecer a sua inteligência musical. Dica n.º 3 - Quem você quer imitar? A imitação é você compreender como um autor chegou a uma conclusão ou mesmo a uma solução musical, não veja uma música como fruto a esmo da criatividade, e sim como fruto de um enredo que se desenvolveu dentro da mente do compositor. Toda música possui uma história, e por trás dela, há uma forma que se transcorreu no tempo. a música é arte do tempo, o que quer dizer que ela leva tempo para maturar, e é precisamente no tempo que a vemos e a contemplamos, ninguém vê a música andando por aí. Se a música é arte do tempo, então você precisará escolher bem o tempo, os cantores que souberam dominar bem este tempo para produzir os efeitos sonoros. Dica n.º 4 - Misture um pouco Mistute músicas de diferentes estilos, de diferentes épocas, resgate formas já arcaicas, tal como um escritor que pega palavras antigas e as revive, cria no enredo uma forte impressão diferente que chamará a atenção dos apreciadores. Dica n.º 5 - Ponha uma letra que fale a todo homem É necessário que você domine a arte da boa letra, escolha palavras, faça uma boa poesia, ponha em evidência a arte das palavras na música, porque sendo o instrumento como que o corpo, a melodia é a alma, o ritmo o que dá forma, e uma boa letra diviniza ou condena a música para todo o sempre. Estas dicas ajudarão a você a se tornar num bom compositor Cumprindo estas cinco dicas você estará apto para ser um compositor, por meio da arte da boa imitação. É importante que escolha bem as músicas e as decomponha, verá que há muitos elementos na música que você ignora e que possuem efeitos tal como palavras numa poesia, e que a arte musical não é algo feito a esmo, muito menos puramente intuitivo. Se você acha que esse artigo foi bom, não perca de ler o livro que ajudará você a compreender mais profundamente os meandros da arte da boa composição musical, mesmo sem conhecimentos técnicos apurados, porque será necessário fazer exercícios mais intelectuais, como a arte da decomposição: https://clubedeautores.com.br/livro/os-sete-passos-para-a-composicao-organica
- A Arte da Composição Musical em 3 etapas
A Arte da composição musical possui suas leis internas, e para tal, devemos compreendê-las, nós que queremos ser artistas da arte sonora, encorajados a dar o nosso melhor em cada novo trabalho musical que desempenhamos, profissionalmente ou especialmente. Aqui, indicarei três etapas pelas quais o compositor deve passar para desenvolver sua arte musical, são três etapas que se hierarquizam como leis. A primeira delas é a composição da melodia: saber desenvolver a melodia é fundamental, porque dela se extrairá a "alma da música", o que é a alma em questão? É aquele fundo simbólico que ela pede, não é estranho quando se ouve uma música e que ao escutá-la, intuimos que ela poderá ser de um tal tema ou situação, que a insinua de alguma forma, mas que no fim não está lá, há outra coisa completamente diferente. Vi uma versão de música brasileira, daquele de Roxette, Spendind My Time, que eu particularmente sou fã, e como que a versão brasileira empobreceu a música de tal forma, que nem de longe lembra o drama da música original. Porém, também a música original nos parece dar mais do que realmente dá, donde vem este "dar mais do que tem a oferecer?" Vem da melodia que é rica, que é simbólica, e que nos leva a uma rica imaginação de possibilidades, a melodia dela se faz eterna. Com certeza, se fosse outra melodia, talvez não alcançasse o mundo como alcançou, e nem sobrevivido três ou quatro décadas como sobrevive. A segunda lei é a do Ritmo: escolher o ritmo é a importância de se escolher o esqueleto da música, as bases pelas quais ela será sustentada, um bom ritmo, é captado pela inteligência, e ela logo ama, se ama o ritmo. O ritmo casa-se diretamente com a própria música, com a melodia, se torna inseparável dela, é pobre dizer que só se trata de batidas, não é isto, porque há músicas sublimes, cujo ritmo não nos é mostrado, está como que oculto, quase em espírito. A terceira lei é a da Harmonia: O que é a harmonia na música? É a combinação de bom ritmo e boa melodia, um bom ritmo é um ritmo que ajustou e é ajustado pela melodia, e vice-versa. Complicado? Veja que quando ouvimos uma música, logo ouvimos nela o ritmo e a melodia, e sentimos que elas são concordes, se estivessem discordes, afetariam nossos ouvidos, causando um ruído desagradável de ouvir, como se fosse o esboroar caótico de gente passando e não tocando uma banda. Do mesmo modo, na música se ouve a harmonia que é a relação entre bom ritmo e boa melodia, mas para encontrar esta harmonia, ócorre de termos que ajustar tanto o ritmo quanto a melodia, até que ambos se encaixem, tal como macho e fêmea, positivo e negativo.
- Composição de Melodia Musical (exercício com exemplos)
Composição de Melodia Musical A melodia é a arte da tonalidade dos sons, a primeira coisa que você fará antes de compor uma música é criar uma melodia para ela. Como assim? Esta não é a parte mais difícil de se fazer? Esta é a parte mais fácil, a criação da melodia tem a ver com você testar os sons que criará mais tarde, subindo e descendo as notas, procurará criar um padrão simples repetível. Este padrão simples será composto de dois processos: inspiração e expiração, que os antigos chamavam de Arsis e Tesis, por exemplo: Ave-Mariaaaaaaa, Aaaaaaave-mariiiiiiiiiiiaaaaa. O que você nota com isto? Que há uma natural inclinação a subir na primeira parte, e uma natural declinação na segunda parte feita em várias gradações. Poderíamos fazer de outra forma o mesmo exemplo, usando o conceito de sílabas curtas, médias e longas, vamos supor que as curtas valem 1 vogal, as médias 2 vogais, as longas valem 4 vogais: A-vee-ma-rii-aaaa, Aaaa-veeee-maarii-aaaa, Aa-vee-maa-riiii-aaaa-aaaa, a-vee-maa-riiii-aaaa-aaaa. Criamos um padrão de Duas inspirações e expirações, portanto uma subinda e descida, uma subida e descida, cada uma delas possuem uma forma matemática que é: 1-22-1-22-4444, 4444-44444-22-22-4444, 22-22-22-4444-4444-4444, 1-22-22-4444-4444-4444. Quanto número! aí fica difícil perceber, não é verdade? Agora vamos colocar uma nota em estilo triangular Dó-Mi-Sol (ársis) e Fá-si-dó (tésis) em ambos os casos, começando da primeira sílava, atingindo a terceira nota, mantê-la em cada sílaba que ainda restar: Como ficaria? Dividindo-a igualmente na ársis e na tésis, na inspiração e expiração, ou seja, na subida e descida que pausa, temos: A(dó)-vee(mi)-ma(sol)-rii(sol)-aaaa(sol) (ársis), Aaaa(fá)-veeee(si)-maa(dó)-riiii(dó)-aaaa(dó)-aaaa(dó)(tésis) Aa(dó)-vee(mi)-maa(sol)-riiii(sol)-aaaa(sol)-aaaa(sol)(ársis), a(fá)-vee(si)-maa(dó)-riiii(dó)-aaaa(dó)-aaaa(dó)(tésis)